(EUA – 2007 – 108 min)

DIREÇÃO: Ryan Trecartin

Avatares selvagens e clones adotivos alopram em I-Be Area, filme iconolcasta de Ryan Trecartin que explora a complexidade das noções de comunidade e identidade na era virtual. Um caleidoscópio anárquico, I-Be Area troca trama e história por remix e sample. Um entourage de crianças cibernéticas e hiperativas vaga desvairadamente pela “Área”, espaço que se reveza entre loja de departamento, canal da internet, sala de aula ep rodutora. Pulando de tela em tela e de cena em cena, elas encenam identidades transitorias, regeneram memórias e refletem sobre suas incríveis vidas futuras. Pode-se dizer que os vídeos de Trecartin incorporam o excesso camp de John Waters ou a bagunça regressiva de Paul McCarthy, com o risco de perder o ponto mais interessante dessa bizarrice na era da informação. No mundo sobrecarregado de informações de Trecartin, todos os significantes culturais, ainda que formadores de nossas identidades, são cosumados, editados, acentuados e virtualmente vomitadas de volta enquanto nos alternamos entre nossas múltiplas pesonaldiades e relacionamentas. Uma vertiginosa sátia social, I-Be Area é também uma poderosa ficção política, em que novas identidades são transferidas diariamente, gênero e sexualidade são fluidos e divertidos, e coletividade e comunidade estão em processo de reconfiguração radical.